virou o copo desejando revirar-se por dentro. e esquecer. acabou rindo da própria piada, apreciando o som de sua ironia. foi o único sentimento que sobrou.
revirou-se ate rever o rosto de seus sonhos antigos e recentes pesadelos. frio, como ela sempre detestou. lindo, como ele nunca deixaria de ser aos seus olhos.
virou os copos e começou a dançar com as incontáveis noites nostálgicas que tinha ao seu lado. permaneceu dançando, sozinha, junto com as garrafas vazias e as fotografias dos laços invisíveis que havia.
virou o copo e girou, afogou o que sobrava da razão na batida de seu coração solitário. girou infinitamente ate passar a dor, desacordou na sala atrapalhando o sábado.
e não se esqueceu de nada, apenas recordou que não havia como lutar contra si mesma
Nenhum comentário:
Postar um comentário